Depois de mais de uma década de rumores, vazamentos e uma espera quase interminável, GTA VI finalmente chegou. E agora que o jogo está entre nós, a pergunta que não quer calar é: valeu a pena esperar tanto tempo?

A Rockstar Games prometeu mundos mais vivos, narrativas mais imersivas e um salto gigantesco em realismo. Mas será que GTA VI entrega tudo isso mesmo?

Neste review completo, você vai entender o que faz do novo Grand Theft Auto um marco na história dos games — e também o que pode decepcionar quem criou expectativa demais.

Se você é fã da franquia ou apenas curioso para saber se deve jogar, fica por aqui. Vamos conversar com calma (e sem spoilers) sobre o jogo mais esperado da década.

O que muda em relação ao GTA V?

Muita coisa. A começar pelo mapa. GTA VI leva os jogadores de volta a Vice City, mas com uma proposta completamente nova: um mundo mais denso, interativo e dinâmico.

Não se trata de um mapa maior apenas por ser grande. Cada rua, loja, beco ou praia tem vida própria. A inteligência artificial dos NPCs impressiona logo de cara: eles reagem, interagem, conversam, discutem, trabalham, tiram fotos, e às vezes até te reconhecem de encontros anteriores.

Além disso:

  • Os gráficos estão em outro nível. Luzes, sombras, reflexos, clima e partículas tornam tudo quase fotográfico.
  • A física dos carros foi redesenhada. Dirigir agora exige mais habilidade, mas é muito mais real.
  • A cidade muda com o tempo: eventos, construções e até o clima afetam o comportamento dos personagens.

É um novo padrão para a franquia — e talvez para os jogos de mundo aberto em geral.

Os protagonistas: Lucia e Jason

Uma das grandes novidades do GTA VI é a dupla de protagonistas: Lucia e Jason. Pela primeira vez na franquia, temos uma mulher como personagem principal, e isso muda completamente a dinâmica da história.

Lucia é carismática, forte, complexa. Jason tem seu charme e humor. Mas o destaque é mesmo a relação entre os dois — que não é caricata nem forçada. A narrativa consegue criar conexões reais com os jogadores, com diálogos naturais e escolhas que fazem diferença.

Você pode alternar entre os dois em vários momentos, como já era possível no GTA V. Mas agora, as consequências são mais profundas: decisões feitas com um personagem afetam diretamente a trajetória do outro.

A Rockstar finalmente entregou uma narrativa mais madura, com menos exagero e mais profundidade emocional.

A história: um drama criminal moderno

GTA VI mantém o DNA da série: roubos, perseguições, críticas sociais e aquele humor ácido que os fãs adoram. Mas dessa vez, tudo parece mais… atual.

A história é ambientada em uma Vice City que parece espelhar a América real de 2025. Fake news, redes sociais, economia instável, influenciadores, golpes virtuais — tudo está no jogo, de forma crítica e bem escrita.

A narrativa é menos caricata e mais crua. Os temas são sérios, e a Rockstar não tem medo de cutucar feridas.

Isso pode desagradar quem esperava uma abordagem mais leve. Mas agrada muito quem buscava um roteiro digno de série premiada.

E o gameplay? É divertido mesmo?

Sim. E não só divertido. É viciante.

  • As missões principais são variadas e sempre surpreendentes
  • As atividades paralelas fazem sentido na história
  • O sistema de furtividade foi melhorado
  • O combate está mais dinâmico
  • O mundo reagindo às suas escolhas traz tensão e recompensa

Você pode passar horas só explorando a cidade, participando de corridas ilegais, jogando minigames, customizando carros ou interagindo com NPCs aleatórios.

E ainda há um sistema de moralidade que muda como as pessoas e a cidade reagem a você. Você pode ser um criminoso impulsivo ou alguém mais estratégico. E isso vai moldar sua jornada.

O mapa: Vice City reinventada

Vice City é uma carta de amor a Miami. Mas não é só uma cópia visual.

A cidade tem bairros com personalidades diferentes, zonas de pobreza, áreas ricas, vida noturna, natureza ao redor e muito contraste.

Você sente que está dentro de um ecossistema urbano vivo.

Além disso, há regiões fora da cidade, com fazendas, pântanos, pequenas comunidades e locais inusitados para explorar.

É um mapa grande, mas o mais impressionante é como ele muda com o tempo. Eventos climáticos extremos, eleições, construções, greves e crimes em tempo real acontecem enquanto você joga.

E o modo online?

Ainda em expansão, mas com grande potencial.

A Rockstar anunciou que o modo online de GTA VI será integrado ao universo do jogo base, mas com uma pegada mais orgânica e menos arcade. Missões cooperativas, organizações criminosas, disputas de território e interações sociais são o foco.

Até agora, os testes têm agradado. Mas ainda falta um tempo para ele atingir o mesmo nível de profundidade que o GTA Online atingiu no seu auge.

A expectativa é que o modo online ganhe atualizações frequentes e, finalmente, uma economia mais justa entre jogadores.

Vale a pena para quem nunca jogou GTA?

Sim. GTA VI pode ser seu primeiro jogo da série, e você não vai ficar perdido.

A história é nova, os personagens são inéditos e tudo foi pensado para ser acessível — sem deixar de agradar os veteranos.

Você não precisa conhecer Michael, Trevor ou CJ para se apaixonar por Lucia e Jason.

E os bugs?

Nenhum jogo tão grande escapa disso. GTA VI não é perfeito.

Apesar de ser bem mais polido do que muitos lançamentos atuais, ainda há:

  • Pequenos bugs visuais
  • Problemas pontuais de física em objetos
  • Travamentos em consoles mais antigos

Mas nada que impeça a diversão ou quebrem a imersão por completo. A Rockstar já lançou patches e promete continuar atualizando.

Para um jogo desse tamanho, o desempenho geral é surpreendente — especialmente no PS5 e Xbox Series X.

A espera valeu?

Sim. Foram anos de expectativa, memes, desconfiança e silêncio por parte da Rockstar. Mas agora, com o jogo nas mãos, dá pra dizer: GTA VI é tudo aquilo que prometeram — e um pouco mais.

Ele não é só o melhor GTA já feito. É, talvez, um dos jogos mais importantes da década. Um marco de qualidade, ambição e maturidade narrativa.

Não é perfeito. Mas é imenso, ousado e impossível de ignorar.

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10 de abril de 2025